O que acontece com São Tomé?
Nos últimos seis anos, as gestões da Prefeitura Municipal de São Tomé foram completamente incapazes de manter a folha de pagamento dos professores em dia e de garantir os direitos dos profissionais da categoria.
Estranhamente, isso ocorre no limiar da criação do Instituto de Previdência Própria dos Servidores Municipais - IPSAT, que dentre outros benefícios reduziu os gastos da Prefeitura com encargos previdenciários.
Em 2018, adicione-se a isso a elevação extraordinária dos recursos que compõem o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica - FUNDEB. Até agora, o aumento dos recursos gira em torno de 46% (quarenta e seis por cento).
No contraponto, o município teve uma redução considerável da folha de pagamento dos ativos - com a aposentadoria de vários profissionais do magistério - e o reajuste do salário dos professores, no ano de 2018, ficou em apenas 6%.
Além disso, investidos de boa vontade de colaborar com a gestão, os professores se submeteram a todos os tipos de acordos nesse período - calendário de pagamento que extrapola a data legal, reajustes e terço de férias atrasados, pagamento a prestação dos salários de novembro e dezembro, de 2012 e 2016, respectivamente, etc., etc.
Lamentavelmente, nesse mesmo período, as gestões municipais preferiram olhar para os tais "déficits", deixados pelas gestões anteriores. Ou seja, resolveram "olhar pra trás". Foi assim, de 2013 a 2016, está sendo assim em 2017 e 2018. Não se está aqui dizendo que isso é irrelevante, mas não poderia se transformar num "cabo de força", na tentativa de justificar atrasos recorrentes de salários e a retirada de direitos.
Então, o que acontece com São Tomé?
O que está faltando mesmo? Recursos OU planejamento, organização e respeito aos professores e estudantes?
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